A energia elétrica é uma das principais fontes de energia do mundo. Ela é definida pela capacidade de trabalho e movimento de cargas elétricas através de um condutor elétrico. A relação da humanidade com esse tipo de energia tem início já na Antiguidade e vem se aperfeiçoando desde então.
É uma área onde as descobertas e os avanços tecnológicos encontram-se muito concentrados e creditados nos trabalhos realizados por homens. Mas será que as mulheres não possuem nenhuma relação com essa área?
Apesar do predomínio masculino histórico dentro da área que compreende as profissões ligadas à energia elétrica, muitas mulheres já despontaram como pioneiras e a presença feminina permanece em ascensão. Conheça duas mulheres que deixaram sua marca no mundo da energia elétrica e se inspire.
Edith Clarke (1883 – 1959)
Edith Clarke foi a primeira mulher a se formar e receber o diploma de engenheira elétrica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Por consequência, foi também a primeira engenheira elétrica dos Estados Unidos. Criou uma calculadora gráfica, que ficou conhecida como “Calculadora Clarke”, uma ferramenta para resolver problemas de linha de transmissão de energia elétrica.
Trabalhou durante muitos anos na General Eletric, até se tornar professora na Universidade do Texas. Mais uma vez, pioneira: passou a ocupar o cargo de primeira professora na área de engenharia elétrica do país.
Eu sempre quis ser engenheira, mas sentia como se mulheres não devessem estudar coisas como engenharia. — Edith Clarke, em entrevista ao The Dallas Morning News.
Maria Luiza Soares Fontes (1924 – 2017)
No Brasil, uma mulher também fez o seu caminho como pioneira na área da engenharia elétrica. Maria Luiza Soares Fontes não só se formou como engenheira eletricista como também fez os seus estudos na área da engenharia mecânica. Trabalhou e se dedicou às duas áreas durante muitos anos, atuando nos Correios do Brasil, modernizando o setor com os seus conhecimentos.
“Sempre quis ser independente e achei que conseguiria com a engenharia, apesar de ter ficado apreensiva pelo fato de saber que eu seria a única mulher na turma”, — Maria Luiza Soares Fontes, em entrevista ao Confea, em 2010.
Mais mulheres
Muitas mulheres têm encontrado aos poucos o seu espaço e muito se deve ao trabalho iniciado por essas pioneiras, que abriram caminho para que outras pudessem acessar os estudos e se estabilizar em áreas que comumente estavam destinadas aos homens.
As mulheres ainda encontram-se em menor número dentro dos cursos de engenharia elétrica no Brasil (cerca de 12% das vagas ocupadas por estudantes do sexo feminino, de acordo com pesquisa do Censo da Educação Superior 2017), mas é registrado também, ano após ano, um aumento da presença feminina na área.
Ainda há muito debate sobre o tema e mudanças precisam ser realizadas com o intuito de que o preconceito e os tabus sejam trabalhados e superados, para que a equidade possa se tornar cada vez mais próxima da realidade.
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